domingo, 5 de maio de 2013

CÁLCULO MENTAL




Nas antigas comunidades, o calculo mental era um recurso muito utilizado por egípcios e, até mesmo pelos índios. Eles serviam-se deste artificio para o manejo de suas plantações. Desta forma realizavam multiplicações e adições.

O cálculo mental é possibilitado através da interação da criança com o adulto. Ele o observa e apropria-se dos mesmos recursos por eles utilizados. Na escola, este veiculo era discriminado. Só a partir da década de 80, começaram a questionar realmente a importância dele nas séries iniciais. Na Holanda, foi realizado um projeto onde se prioriza as situações do cotidiano para o uso do cálculo mental, por exemplo, estimula-se que as crianças saibam verificar se o dono da cantina deu o troco correto, se o dinheiro que possuem é suficiente para comprar o que elas querem, entre outras situações. Este sistema é tão rigoroso que as crianças só começam a fazer contas no papel a partir do 3º ano do fundamental.

Já na Inglaterra, os estudos foram iniciados mais tarde, a partir de 1990, porém, não obteve sucesso, pois o procedimento utilizado era o mesmo que os das contas escritas, ou seja, continuam a memorizar as regras sem entender o processo.

Para que este método funcione, o educador deve lançar lhes o problema e, deixar que os educandos busquem suas próprias estratégias para resolução, depois, deve analisar e tentar compreender os recursos que cada aluno utilizou e escrever no quadro o que julgar mais interessante assim, desta maneira as crianças conhecerão várias maneiras de solucionar a situação proposta, podendo escolher a maneira que mais tem facilidade, pois, é imprescindível que, além de decorar os procedimentos, ele entenda porque eles ocorrem, por exemplo, do que adianta o estudante decorar que 2x4=8 se ele não entender que isso equivale a 2+2+2+2=8 e utilizar essa metodologia para cálculos mais complexos.

Os recursos a serem utilizados para o calculo mental são diversos os principais são:

1- Calcular primeiro, dezenas e depois unidades:

23 +13
20+10=30
3+3=6
30+6=36


2-Arredondar e depois descontar:

23-18
23-20=3
3+2=5


3- Decompor um dos fatores:


7x15
7x10=70
7x5=35
70+35=105


O objetivo principal desta metodologia é fornecer aos alunos subsídios para que ele sozinho, chegue ao resultado com segurança além de torna-lo mais independente e criativo, descobrir outras linguagens além da matemática, valer-se de recursos gráficos e visuais para realizar as operações, entre outros. Além disso, cumpre o papel fundamental da educação tornar a aprendizagem significativa criando um aluno pensante e critico enfim, um cidadão.




Referência:

GENTILE, PaoLa e GURGEL, Thais. Conta de Cabeça. Disponivel em: <http://magiadamatematica.com/uss/pedagogia/23-teoria-2-calculo-mental.pdf>. 



TÉCNICAS OPERATÓRIAS



     Para Piaget os conceitos matemáticos podem ser construídos pelas crianças a partir das suas relações espontâneas com os objetos. Para ele a criança deve ser estimulada a raciocinar, a entender os processos matemáticos antes de conhecer os números (signos).

    Segundo Piaget, a maior parte das pessoas desenvolve o pensamento matemático assim como desenvolvem os pensamentos de um modo geral.
     
     A manipulação concreta dos objetos, exploração deles, faz com que a criança estabeleça relações entre eles. Quando mexe em tudo explore seus interesses espontâneos, conhece o ambiente e tem a liberdade de estabelecer hipóteses para solucionar os problemas que se apresentam.

     As crianças devem resolver situações problemas e uma forma prática pra isso é por meio de jogos. O uso do jogo na matemática ajuda a criança ficar mais atenta  e a usar a criatividade. Piaget propõe jogos com regras e simbólicos. 

     Com as regras a criança compreende o convívio social, passa a ser menos egocêntrica uma vez que aprende a dividir com os demais colegas. Com os símbolos a criança desenvolve o pensamento e passa a imaginar o objeto que não está ao alcance dos seus olhos e passa a dar soluções para algumas questões.

     A matemática sempre fez parte do nosso cotidiano e trazer essa realidade para dentro da sala de aula ajuda a despertar o interesse da criança pela disciplina. O cálculo mental é outra técnica que deve ser desenvolvida com os alunos trazendo situações de experiências por eles vivenciadas como, por exemplo, ida ao supermercado, a feira, anotações de pontuações em jogos contra equipes, etc. À medida que isso traz sentido e aplicação prática a vida dos alunos, melhora o aprendizado e proporciona a eles o gosto pela matemática.

     Pelas nossas experiências como docentes, o que deve ser mudado e melhorado nas escolas é a forma do ensino da matemática a fim de não torná-la uma matéria amedrontadora e sim uma matéria importante e presente em nossas ações diárias.


Referência:

WADSWORTH, Barry J. Piaget para professor da pré-escola e do 1º grau. São Paulo: Pioneira, 2004.

O CONTEXTO COMO FONTE DE SIGNIFICADOS

 

    Dentre os objetivos do ensino da matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental estão:

- identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender a realidade, para estimular a curiosidade, a investigação e a capacidade de resolver problemas;

- resolver situações problema, a partir da interpretação de enunciados orais e escritos, desenvolvendo procedimentos de planejar, executar e checar situações (formular hipóteses, fazer tentativa ou simulações), para comunicar resultados e compará-los com outros, validando ou não procedimentos e a soluções encontradas;

- interagir com seus pares de forma cooperativa na busca de soluções para situações problemas, respeitando seus modos de pensar e aprendendo com eles.

    A contextualização nas atividades pode dar oportunidade à criança para identificar, mais facilmente, diferentes significados matemáticos em diversas situações.

    O conhecimento que a criança já possui, a partir das experiências de seu meio social, e do que apreende em outras áreas, ou na própria matemática, servirá como ancora para que ela construa seu conhecimento matemático.

    As contextualizações empregadas, sobretudo as que envolvem as práticas sociais, evidenciam a cultura. A matemática é uma atividade humana e, como tal, profundamente inserida no contexto social em que é produzido.

   Por vezes trazemos para sala de aula situações matemáticas conhecidas pelas crianças, mas não vivenciadas por elas, é necessário chamar a atenção da criança no foco que se que desenvolver. As atividades devem trazer situações numéricas reais, já que contextualizar também significa colocar o objeto de estudo dentro de um universo em que ele faça sentido, possibilitando também o desenvolvimento do senso crítico do aluno.

   As atividades sugeridas possibilitam a visualização das vivências e dos níveis de desenvolvimento dos alunos quanto à lógica matemática.



Referências:
BRASILIA. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica.
 Explorando o ensino: Matemática. Vol.17. 2010